sexta-feira, 31 de julho de 2009
Jean-Luc Godard
Difícil e temerário postar sobre o V Seminario Internacional de Cinema e Audiovisual, uma vez que ainda em realização. Posso afirmar, entretanto, do que ouvi, ví e rememorei do cinema de Godard, este evento merece um destaque bastante especial pela qualidade da organização, do conteúdo das mesas redondas e da Retrospectiva Godard, dentre as inúmeras outras atividades paralelas que estão acontecendo no Foyer do Teatro Castro Alves e Teatro Martim Gonçalves. Há uma infinidade de contribuições, possibilidades e perspectivas de perceber o cinema, a arte e o belo. Todas essas contribuições requerem um pertencimento que define nossos juízos de gosto, sem dúvida, antes de tecer apreciações apressadas posso afirmar, o SEMCINE está sendo um espaço marcante para pensar a sétima arte hoje.
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3 comentários:
O cinema de Godard é um cinema que rompe com as estruturas tradicionais da narrativa, inaugurando uma nova fase para a arte do filme. A História do Cinema pode até ser assim dividida: antes de Godard e depois de Godard. "Acossado" se constituiu numa revolução para os padrões estabelecidos da linguagem cinematográfica. E em "Viver a vida", Godard rompe com a fábula articulada em história e elabora 16 blocos sobre a vida de uma prostituta (Anna Karina). São 16 momentos na vida da personagem: momentos de alegria, momentos de angústia, momentos de prazer etc. Não há um fio condutor ou uma progressão dramática. Em outros filmes inaugura o filme-ensaio, o cinema como veículo de ideias e pensamentos.
Você é, realmente, uma verdadeira cinéfila. Gostei das fotos.
Setaro, Alain Bergala, um dos mais renomados estudiosos da obra de Godard disse que o cineasta foi o único a encontrar novas formas, realizou 15 longas metragens em nove anos, somente Fassbinder o ultrapassou. Disse mais, Godard tentou inventar tudo, trabalhava como um pintor que tem 15 telas e trabalha em todas, com muita vontade de explorar e inventar. Lembra que Picasso fazia 60 quadros, não tinha importância se havia os acabados e os não acabados, importante era a criação. Também Godard não pensava como objetos acabados, inventou seu próprio método. Os filmes não eram caros e as suas velocidades, três dias sem fazer nada e em um dia fazendo tudo, criou-se uma nova estética. Dessa estética resultaram preciosidades: Carmen ( Prénom Carmen), Passion e Je vous salue Marie, somente para citar apenas uma trilogia que ( re) assisti com admiração.
Quanto as fotos das fotos, fiquei sem saber porque a exposição no Teatro Martim Gonçalves não foi objeto de apreciação mais detalhada. A foto de Anna Karina com uma arma apontando em direção ao especta(dor) fala por si.
Setaro, Alain Bergala, um dos mais renomados estudiosos da obra de Godard disse que o cineasta foi o único a encontrar novas formas, realizou 15 longas metragens em nove anos, somente Fassbinder o ultrapassou. Disse mais, Godard tentou inventar tudo, trabalhava como um pintor que tem 15 telas e trabalha em todas, com muita vontade de explorar e inventar. Lembra que Picasso fazia 60 quadros, não tinha importância se havia os acabados e os não acabados, importante era a criação. Também Godard não pensava como objetos acabados, inventou seu próprio método. Os filmes não eram caros e as suas velocidades, três dias sem fazer nada e em um dia fazendo tudo, criou-se uma nova estética. Dessa estética resultaram preciosidades: Carmen ( Prénom Carmen), Passion e Je vous salue Marie, somente para citar apenas uma trilogia que ( re) assisti com admiração.
Quanto as fotos das fotos, fiquei sem saber porque a exposição no Teatro Martim Gonçalves não foi objeto de apreciação mais detalhada. A foto de Anna Karina com uma arma apontando em direção ao especta(dor) fala por si.
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