Pela continuidade, ampliação e fortalecimento da Jornada Internacional de Cinema da Bahia
A Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV) / Associação Brasileira de Documentaristas (ABD-BA), por meio de sua diretoria, vem através desta reafirmar a importância da Jornada Internacional de Cinema da Bahia como um espaço de promoção do audiovisual em todos os seus gêneros e vertentes, bem como nos valores intrínsecos à sua realização. A Jornada é o evento de cinema mais antigo e consolidado na América Latina que traz em seu bojo a atenção para os ideais de “um mundo mais humano, justo e democrático para todos”. Quem lá já esteve presente, como realizador ou público, pode atestar o espaço de resistência que a Jornada sempre foi, desde o seu surgimento. Não à toa, traz os valores de uma geração politizada e comprometida com a realidade brasileira, com a realidade latino-americana e com a formação do ser humano.
De 1972 até agora a história é longa, árdua e merece ser respeitada. A Jornada Internacional de Cinema da Bahia lançou cineastas; trouxe para Salvador a cinematografia de países que lutavam pela sua afirmação e independência; contribuiu na democratização do acesso a tais conteúdos audiovisuais; despertou o olhar para a produção de filmes que não chegariam aqui tão facilmente; aumentou a rede de contatos entre a Bahia, o Brasil e o mundo; levou para as mesas de debate não só a realização e a produção de filmes, mas questionou a identidade brasileira e latino-americana, a produção audiovisual e as políticas na área para todo um continente. Além de tudo isso, levantou bandeiras de lutas político-sociais. E talvez aqui esteja o seu maior valor, o que numa empresa seria chamado de cultura, ou melhor, conjunto de valores, crenças e hábitos que produz normas de comportamento.
Ainda que a Jornada tenha muito a comemorar no seu 40o. aniversário, no entanto, alguns fatos ameaçam o merecido regojizo. Além da Jornada Internacional amargar o 5º lugar na suplência do edital de apoio a projetos calendarizados da Secult/Ba, as forças daqueles que sempre acreditaram na Jornada foram esvaídas. Bem dizem que o tatu-bola é o menor tatu brasileiro e o mais ameaçado, porque, “como não cava bem como os outros tatus, é mais fácil de ser caçado na região de seca, onde há pouca comida”.
Está na hora de um ponto de virada nessa história. De uma reação ao que seria a morte da Jornada Internacional de Cinema da Bahia. A ABCV / ABD-Ba conclama a juventude para a mobilização, os realizadores à memória e à ação, e o Governo a refletir que 40 anos de história não podem ser desprezados pela burocracia do Estado.
- Pela continuidade da Jornada Internacional de Cinema da Bahia;
- Pelo fortalecimento da Jornada Internacional de Cinema da Bahia;
- Pelo apoio do Estado da Bahia à Jornada Internacional de Cinema;
- Pelo respeito pelos seus 40 anos de história;
- Pela revitalização da Jornada e seu renascimento;
Assinem, divulguem, compatilhem.
Obrigada.
Diretoria
Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV)
Associação Brasileira de Documentaristas - Regional Bahia (ABD-Ba)
Nota: Assinamos, divulgamos e compartilhamos com a ABCV/ABD-Ba o apoio à Jornada Internacional de Cinema da Bahia pelo reconhecimento do valor e importância deste evento na promoção do espaço do audiovisual e manifestamos nosso apreço a seu papel pioneiro e consolidado na América Latina. Vida longa a Jornada Internacional de Cinema na Bahia e a seu criador, Guido Araújo!!
Um comentário:
Sucesso para a Jornada!
Postar um comentário