Considerado uma pedra fundamental da vanguarda anticolonialista do cinema françês, este filme realizado por Alain Renais e Chris Marker, em 1953, foi proibido pela censura de 1953 a 1963. A arte africana, especialmente as estátuas e as máscaras, são susbstituidas, pouco apouco, por uma atividade comercial e mercantil, em séries.
3 comentários:
Pelo valor dos comentários, atacho a seguir e-mail recebido sobre a postagem do filme As estátuas também morrem.
Stela,
Já tinha dado uma examinada no seu Blog e particularmente na questão do filme do Alain Renais, mas lhe confesso que embora tenha percebido o lado critico
sobre o neocolonialismo especialmente na Africa, não cheguei a "entrar no âmago da coisa" sobretudo em relação aos conceitos de cultura e arte. Não sei se cometo alguma heresia mas entendo a arte, como varias outras dimensões da vida humana, como uma especie de parte da cultura e esta, não obstante
saber das enormes discussões a que dá ensejo, desde que conheci a definição do Paulo Freire "é tudo que o homem acrescenta à natureza que ele não fez",
lá pelos anos 60, gostei tanto que nunca mais dei muitos tratos à bola para me enfronhar mais nas distintas concepções sobre cultura, arte, cinema etc. etc.,
como é o caso de uma das definições que aparecem nesse filme do seu blog chamando a cultura de "botanica da morte".
Quando via as passagens comentadas de algumas estatuas e outros objetos nessa primeira parte do filme, que certamente, como diz o cineasta, tem tanto
sentido para os seus produtores e às vezes outros distintos para quem os vê, lembrei-me das quase mortes ou ao menos das derrubadas das estatuas de
Leinin e Stalin, na União Sovietica, para não falarmos das mudanças até de nomes de cidades, como foi o caso de Leningrado e Stlaingrado, restaurando
velhos nomes como Petersburgo, dos tempos da predominancia dos valores aristocraticos dos temos cazaristas na vellha Russia, a partir da queda
do regime socialista.
Sem duvida há nessas searas muitos panos p´ra manga, como você sugere em relação a esse filme que pessoas como eu sequer conhecia.
Um deles é ver por exemplo que na época o Museo do Congo foi um dos patrocinadores da realização desse filme, pais que encerra uma historia
mais do que significativa dessa questão do colonialismo e sobretudo da luta secular dos povos africanos contra ele. Sobre tal historia há um livro
que pretendo algum dia adquirir e ler, de Ludo Martens, sobre Kabila e a Revolução do Congo que, no plano mais politico da cultura africana,
pelo pouco que sei, revla uma heroica batalha constante da maioria da população deste pais contra o capitalismo agressor europeu branco. E já agora
o mesmo pais vive de novo, em meio a tal luta fraricida, uma disputa de nações poderosas por suas riquezas imensúráveis, entre as quais até a China
está na jogada.
Enfim, como você diz em sua mensagem, há enormes avenidas paa reflexão sobre tudo isso.
Bj, Pedro
NÃO IMAGINAVA.
Bem vindo, eu já imaginava, desde o Colégio Central.
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