quarta-feira, 2 de março de 2011

As Estatuas Também Morrem- Parte 1

Considerado uma pedra fundamental da vanguarda anticolonialista do cinema françês, este filme realizado por Alain Renais e Chris Marker, em 1953, foi proibido pela censura de 1953 a 1963. A arte africana, especialmente as estátuas e as máscaras, são susbstituidas, pouco apouco, por uma atividade comercial e mercantil, em séries.

3 comentários:

Stela Borges de Almeida disse...

Pelo valor dos comentários, atacho a seguir e-mail recebido sobre a postagem do filme As estátuas também morrem.


Stela,

Já tinha dado uma examinada no seu Blog e particularmente na questão do filme do Alain Renais, mas lhe confesso que embora tenha percebido o lado critico
sobre o neocolonialismo especialmente na Africa, não cheguei a "entrar no âmago da coisa" sobretudo em relação aos conceitos de cultura e arte. Não sei se cometo alguma heresia mas entendo a arte, como varias outras dimensões da vida humana, como uma especie de parte da cultura e esta, não obstante
saber das enormes discussões a que dá ensejo, desde que conheci a definição do Paulo Freire "é tudo que o homem acrescenta à natureza que ele não fez",
lá pelos anos 60, gostei tanto que nunca mais dei muitos tratos à bola para me enfronhar mais nas distintas concepções sobre cultura, arte, cinema etc. etc.,
como é o caso de uma das definições que aparecem nesse filme do seu blog chamando a cultura de "botanica da morte".

Quando via as passagens comentadas de algumas estatuas e outros objetos nessa primeira parte do filme, que certamente, como diz o cineasta, tem tanto
sentido para os seus produtores e às vezes outros distintos para quem os vê, lembrei-me das quase mortes ou ao menos das derrubadas das estatuas de
Leinin e Stalin, na União Sovietica, para não falarmos das mudanças até de nomes de cidades, como foi o caso de Leningrado e Stlaingrado, restaurando
velhos nomes como Petersburgo, dos tempos da predominancia dos valores aristocraticos dos temos cazaristas na vellha Russia, a partir da queda
do regime socialista.

Sem duvida há nessas searas muitos panos p´ra manga, como você sugere em relação a esse filme que pessoas como eu sequer conhecia.
Um deles é ver por exemplo que na época o Museo do Congo foi um dos patrocinadores da realização desse filme, pais que encerra uma historia
mais do que significativa dessa questão do colonialismo e sobretudo da luta secular dos povos africanos contra ele. Sobre tal historia há um livro
que pretendo algum dia adquirir e ler, de Ludo Martens, sobre Kabila e a Revolução do Congo que, no plano mais politico da cultura africana,
pelo pouco que sei, revla uma heroica batalha constante da maioria da população deste pais contra o capitalismo agressor europeu branco. E já agora
o mesmo pais vive de novo, em meio a tal luta fraricida, uma disputa de nações poderosas por suas riquezas imensúráveis, entre as quais até a China
está na jogada.

Enfim, como você diz em sua mensagem, há enormes avenidas paa reflexão sobre tudo isso.
Bj, Pedro

poetaalberto disse...

NÃO IMAGINAVA.

Stela Borges de Almeida disse...

Bem vindo, eu já imaginava, desde o Colégio Central.