terça-feira, 2 de setembro de 2008

Brevíssimo Comentário.















Encontra-se na mesa de trabalho livros sobre cinema.
Divido o tempo entre leituras sistemáticas e consulta às filmografias referenciadas. Dedicação e capacidade para observar diferentes dimensões desta poderosa linguagem, um excelente desafio.

A parte primeira da consulta refere-se a tradição formativa, onde inclui-se o legado deixado por Hugo Munsterberg, Rudolf Arnheim, Sergei Eisenstein, Béla Balázs. Na segunda parte encontro menção à teoria realista do cinema, em Siegfried Kracauer e André Bazin. A Linguagem Cinematográfica, de Marcel Martin, primeira edição datada de 1955, busca trazer as características fundamentais da imagem fílmica, seus elementos básicos, a montagem, os movimentos de câmara, o espaço, o tempo, entre outros.
Por que voltar-se para a teoria do cinema?
Uma das resposta que encontramos, além do prazer do conhecimento, encontra-se na compreensão do funcionamento desta arte, compreender sua linguagem, perceber seus métodos, suas técnicas, suas diferentes formas e modelos, suas formas de inserção no social.
Qual a natureza do filme? Qual a sua relação com a realidade? Como a fotografia e o som se relacionam? O que destingue o cinema das demais artes? Entre outras, estas parecem ser as inquietações dos autores escolhidos, dentre os diversos títulos encontrados para manter o diálogo e para perceber o valor da tradição no enfrentamento do moderno, o cinema hoje parece ter perdido esta memória.


Notas:
1. Andrew, J. Dudley. As principais teorias do cinema: uma introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2002.
2. Martin, Marcel. A linguagem cinematográfica. Prelo Editora, Lisboa, 1971.

3 comentários:

Jonga Olivieri disse...

É isso aí, Stela. É importante a compreenção do cinema na sua linguagem. Principalmente nos tempos atuais, quando têm surgido novos elementos que têm até descaracterizado a gramática cinematográfica, naquilo que o Setaro muito bem classificou como cinema-vídeo clip.

Stela Borges de Almeida disse...

Prezado Jonga, gostei da ironia. Compreensão e compreenção. Homor e ironia são predicados e virtudes ainda vivos. Um grande abraço e vamos ao Novo Pensatas.

ARMANDO MAYNARD disse...

O cinema se distingue de todas as artes, por reunir todas... e mesmo com tantas invenções ,continua sendo a maior diversão.Pena que nos últimos tempos tenha ficado muito pirotécnico,vindo a perder cada vez mais sua magia e romantismo.A modernidade tem dessas coisas e ainda nos deixa a pecha de saudosistas.Um abraço,Armando(lygiaprudente.blogspot.com)